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Tópico 1

Participação no Fórum - Módulo 1

 

Delfina Carlos 7 de Abril de 2014 às 20:35

 

Pela experiência que tenho tido, e não querendo generalizar (pois também há boas práticas de inclusão), para mim, a maior barreira que parece persistir é sem dúvida a barreira humana: atitudes, comportamento e ações de muitos agentes educativos, alguns até defendem a cultura de Inclusão, mas não a põem em prática. Ora vejamos: há alunos que dado o seu perfil de funcionalidade dão redução de turma - 20 alunos no máximo (Despacho n.º 14026/2007) para que o professor possa ter condições para atender a criança/jovem com NEE. A maioria dos currículos destes alunos, prevê a frequência das disciplinas de carácter prático, como a educação física, visual, musical… com o grupo turma, ora muitos professores não estão preparados para lidar com tanta diversidade e acabam por criar barreiras à inclusão, alegando problemas comportamentais do aluno, que não conseguem dar atenção, dificuldade em diversificar estratégias, entre outras.A legislação, que até é bem conseguida, acaba assim por beneficiar, não o aluno com NEE, mas turma e o professor…

 

 

Delfina Carlos 7 de Abril de 2014 às 22:19

 

Colega Amélia, consulte Despacho n.º 13170/2009, 4 junho ponto 5.4 “As turmas que integrem crianças e jovens com necessidades educativas especiais de carácter permanente, e cujo programa educativo individual assim o determine, são constituídas por 20 alunos, no máximo, não podendo incluir mais de 2 alunos nestas condições”.

 

Delfina Carlos 11 de Abril de 2014 às 19:53

 

Olá, Fátima! Senti mta força e tb alguma revolta no seu comentário; o preconceito (e vamos chamar os bois pelos nomes) é uma realidade na nossa sociedade, atingindo todos os que se destacam pela sua diferença, seja racial, sexual, religiosa, pela deficiência, pela idade… A sociedade está preparada para o que é belo e perfeito, esquecendo-se (como ouvi há dias na TV) que TODOS caminhamos para a deficiência, acho que ninguém se lembra que já foi dependente (certo é, por inerência da natureza), porém mais cedo ou mais tarde, a maioria tornar-se-á novamente dependente de terceiros; vai chegar a uma certa altura que tb NÓS deixaremos de ser convidados para as festas de anos... Mesmo que o nosso percurso fosse inverso, tal como Benjamin Button à partida e à chegada dependeríamos sempre do outro e quiçá tb de ajudas técnicas...O que fazer então? Como mudar mentalidades? A mudança tem de começar dentro de nós…Todos temos a responsabilidade social de criar o “efeito dominó” e quebrar de vez todas as barreiras.

 

Delfina Carlos 12 de Abril de 2014 às 17:09

 

Tive a oportunidade de conhecer o movimento “Pais em Rede”, através da ação de formação que frequentei no início deste ano letivo, na ESELx. Confesso que “abanei”; a minha visão da escola é de dentro para fora e nesta formação tive a visão contrária: de fora para dentro. Constatei que os principais espaços educativos – família e Escola – nem sempre falam a mesma linguagem; os pais “acusam” a escola de meias verdades, de não serem ouvidos, do desgaste, do levar muito e trazer pouco… já a escola “acusa” os pais que é difícil captar a sua confiança, que muitos pais ainda não fizeram o luto, muitos estão pouco informados e outros não sentem vontade de se envolver…Para mim, foi um privilégio trabalhar, debater, comunicar… com um grupo de mães que partilham a mesma angústia, a mesma ansiedade, a mesma vontade, a mesma determinação de exigir à sociedade em geral e à instituição escola em particular, o direito à realização dos sonhos para aquele filho, que embora “diferente”, acreditam que com a estratégia eficaz poderá ir longe acompanhando sempre de perto os pares do grupo/turma; mães que exigem um trabalho de cooperação; mães dotadas de competências, mães que exigem da escola o direito à igualdade de oportunidades, mães que conseguem fazer frente aos problemas do quotidiano e de uma forma generaliza conseguem a pouco a pouco a inclusão.Fátima, fico feliz por saber que tb é uma destas mães.Nunca desista dos seus sonhos!:-)

 

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Políticas de inclusão e medidas educativas

7 abril a 20 abril

  
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